terça-feira, 13 de outubro de 2009

Formigas digitais usam inteligência conjunta para defender computadores

Eric F. Frazier - 29/09/2009
Formigas digitais usam inteligência conjunta para defender computadores
Na interminável batalha para proteger as redes de computadores de invasores, os especialistas em segurança estão lançando uma nova defesa inspirada em uma das mais resistentes criaturas da natureza - as formigas.[Imagem: Steve Jurvetson]

Na interminável batalha para proteger as redes de computadores de invasores, os especialistas em segurança estão lançando uma nova defesa inspirada em uma das mais resistentes criaturas da natureza - as formigas.

Ao contrário dos sistemas de segurança tradicionais, que são estáticos, essas "formigas digitais" espalham-se pelas redes de computadores em busca de ameaças, como os "vermes de computador", ou worms - programas autorreplicantes projetados para roubar informações ou facilitar o uso não autorizado dos computadores.

Formigas digitais

Quando uma formiga digital detecta uma ameaça, não demora muito para que um exército de formigas convirja para aquele local, chamando a atenção dos operadores humanos, que poderão investigar o ataque no momento de sua ocorrência.

O conceito, chamado "inteligência de rebanho," promete transformar a área da segurança digital graças à sua capacidade de se adaptar prontamente às ameaças, elas próprias em constante mutação.

"Na natureza, nós sabemos que as formigas defendem-se contra as ameaças de forma muito eficiente," explica o professor Errin Fulp, da Universidade Wake Forest, nos Estados Unidos. "Elas podem ativar suas defesas rapidamente e depois voltar tranquilamente ao seu comportamento rotineiro depois que o intruso foi eliminado. Nós estamos tentando alcançar esse mesmo comportamento em uma rede de computadores."

O peso da segurança

Os sistemas de segurança atuais são projetados para defender os computadores de todas as ameaças conhecidas desde o início da história da informática, mas os caras maus que escrevem programas maliciosos - também conhecidos como malware - introduzem ligeiras variações o tempo todo, a fim de fugir dos sistemas de defesa.

À medida que novas variações são descobertas e as atualizações de segurança são disponibilizadas, os programas adquirem maior capacidade, mas também passam a demandar mais recursos do sistema, os antivírus levam mais tempo para rodar e as máquinas ficam mais lentas - um problema familiar para a maioria dos usuários de computador.

Inteligência de rebanho

A ideia de imitar o comportamento das formigas foi do pesquisador Glenn Fink. Sabendo da familiaridade do seu colega Fulp com o desenvolvimento de sistemas de varredura de segurança mais rápidos por meio do emprego de processamento paralelo, Fink juntou-se a ele para testar o conceito de formigas digitais em uma rede de 64 computadores.

A "inteligência de rebanho" usado no novo sistema divide o processo de busca pelas ameaças à segurança por suas características. A seguir, a tarefa de escaneamento de cada tipo de ameaça é distribuído pelos vários computadores da rede.

"Nossa ideia é lançar 3.000 tipos diferentes de formigas digitais, cada um procurando por evidências de um tipo de ameaça," diz Fulp. "Conforme elas se movimentem pela rede, as formigas digitais deixarão trilhas digitais inspiradas nas trilhas de cheiro que as formigas de verdade usam para guiar suas companheiras. Cada vez que uma formiga digital identificar alguma evidência de ameaça, ela está programada para deixar uma pista mais forte. Trilhas com pistas mais fortes atrairão mais formigas, criando um exército que assinala uma possível infecção do computador."

Programa sentinela

Durante o teste, os pesquisadores introduziram vermes digitais em sua rede experimental e as formigas digitais foram capazes de localizá-los. Os resultados foram tão positivos que o projeto, nascido de uma cooperação em uma pesquisa feita durante as férias, foi estendido e agora já incorpora dois estudantes de doutoramento, que farão suas teses enquanto aprimoram o novo sistema de segurança, preparando-o para disponibilização.

Fulp afirma que a nova abordagem de segurança digital será mais adequada para grandes redes que contêm muitas máquinas idênticas, como as existentes em órgãos do governo, grandes empresas e universidades.

Os usuários de computadores não precisarão se preocupar que um enxame de formigas digitais possa se decidir a estabelecer residência em suas máquinas. As formigas digitais não podem sobreviver sem um programa sentinela, instalado em cada máquina. Cada programa sentinela se reporta aos "sargentos" da rede, que são monitorados pelos operadores humanos - são eles, os operadores humanos, que supervisionam a colônia e, em última instância, mantêm o controle.

FONTE: http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=formigas-digitais-usam-inteligencia-conjunta-defender-computadores&id=010150090929&ebol=sim

Inaugurado laboratório de captura de CO2 e sensoriamento remoto marinho

Redação do Site Inovação Tecnológica - 01/10/2009
Inaugurado laboratório de captura de CO2 e sensoriamento remoto marinho
Detalhe do Laboratório de Captura de CO2. [Imagem: Inpe]

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em colaboração com a Petrobras, inauguraram duas novas instalações de pesquisas: o Laboratório de Captura de Gás Carbônico (CO2) e a Estação de Sensoriamento Remoto Marinho, ambos localizados na Unidade Regional de Cachoeira Paulista (SP),

Novas tecnologias e combustão

O primeiro tem como foco o desenvolvimento de novos materiais para a combustão de hidrocarbonetos, em especial gás natural, utilizando processos conhecidos como Chemical Looping Combustion (CLC) e Chemical Looping Reforming (CLR). São tecnologias promissoras para a captura de gás carbônico (CO2 ), um dos principais gases de efeito estufa.

"Nosso objetivo não é a geração de energia, mas o desenvolvimento de novas tecnologias de combustão que permitam a geração de correntes concentradas de CO2 e, consequentemente, a sua captura. Aqui vamos sintetizar, caracterizar e avaliar novos materiais empregados em CLC e CLR", explica José Augusto Rodrigues, coordenador do projeto desenvolvido no Laboratório Associado de Combustão e Propulsão do INPE.

No âmbito das Redes Temáticas de Mudanças Climáticas da Petrobras e do Ministério da Ciência e Tecnologia, os resultados obtidos neste laboratório poderão ser utilizados pela indústria para a redução da emissão de gás carbônico nos processos de geração de energia, contribuindo, assim, com o desenvolvimento de uma tecnologia para mitigação do aquecimento global.

Monitoramento dos oceanos

Ligada à Rede Temática de Monitoramento Ambiental Marinho, a Estação de Sensoriamento Remoto irá receber, processar, armazenar e distribuir imagens do satélite ENVISAT (ENVIronment SATellite) que serão utilizadas para monitorar a costa brasileira.

"Esta é a primeira estação no Brasil dedicada ao sensoriamento remoto marinho. As imagens serão recebidas em tempo quase real e serão utilizadas para a detecção de poluentes na superfície do mar, para o estudo de ecossistemas e recursos naturais marinhos e, ainda, para estimar parâmetros como direção e intensidade de correntes e campo de ventos, altura de ondas, entre outros", explica Ivan Barbosa, chefe da Divisão de Geração de Imagens do INPE.

O início das operações da Estação de Sensoriamento Remoto Marinho do INPE atende também a demandas da Petrobras, que até então dependia das imagens adquiridas e processadas em estações de recepção no exterior, o que gerava maior custo operacional e mais tempo para obter as imagens.

Coordenadas pelo Centro de Pesquisa da Petrobras (Cenpes), as Redes Temáticas têm como objetivo investir em universidades e instituições de pesquisas, como o INPE, visando o desenvolvimento de soluções tecnológicas para os principais desafios da indústria de energia. Pela Petrobras, o investimento no Laboratório de Captura de CO2 foi de R$ 700 mil. A Estação de Sensoriamento Remoto Marinho recebeu recursos na ordem de R$ 7 milhões.

FONTE: http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=inaugurado-laboratorio-captura-co2-sensoriamento-remoto-marinho&id=010175091001&ebol=sim

Incentivos da Lei do Bem serão prorrogados para setor de informática

MCT - 07/10/2009

O governo está decidido a prorrogar o prazo de vigência de importantes incentivos para o setor de informática previstos na Lei do Bem, e que venceriam no fim de 2009. A informação é do secretário de Política de Informática (Sepin) do Ministério da Ciência e Tecnologia, Augusto Cesar Gadelha.

Durante seminário realizado ontem (7) pela Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara, Gadelha afirmou que há consenso no governo sobre o impacto positivo da isenção de PIS/Cofins para computadores, e a necessidade de manutenção da medida por mais tempo.

Contrapartida da indústria

Segundo o secretário, no entanto, a contrapartida da indústria com investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D) pode ser elevada, alterando-se o percentual de redução do compromisso com esse tipo investimento, o que ainda está sendo avaliado.

Os representantes da indústria no Seminário cobraram do governo uma definição rápida sobre os incentivos ao setor para não haver um vácuo ou insegurança jurídica em relação à validade do benefício.

O presidente da Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica), Humberto Barbato, destacou a importância da Lei de Informática e da Lei do Bem para o setor, tendo contribuído para a elevação significativa da produção de computadores e para a redução do chamado mercado cinza (informal).

Importância das leis

Durante o debate, representantes do Executivo, da indústria e também os deputados concordaram com a importância da Lei de Informática e da Lei do Bem para a indústria, e consequentemente para a inclusão digital da sociedade. E o secretário de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, defendeu até mesmo a ampliação dos benefícios fiscais para equipamentos que dão sustentação à oferta de conexão à internet em banda larga para a população.

Para Santana, o governo pode ter um papel importante para o desenvolvimento do setor de tecnologia e de empresas inovadoras com o seu poder de compra, desde que sejam feitos ajustes também na Lei de Licitações.

Incentivos aos investimentos

O presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara, deputado Eduardo Gomes (PSDB-TO), e o autor do requerimento para a realização do seminário, deputado Bilac Pinto (PR-MG), reafirmaram o compromisso da comissão em apoiar e votar rapidamente medidas de incentivo aos investimentos no setor. "O maior estímulo e o melhor discurso é a prática do bom debate legislativo, aprovando aquilo que é importante para o setor", disse Gomes.

O deputado Julio Semeghini (PSDB-SP), que foi o mediador da primeira mesa de debates, elogiou a iniciativa anunciada pelo secretário Gadelha, de realizar um estudo formal sobre os impactos da Lei de Informática para o setor. O resultado do trabalho deverá ser conhecido até o fim deste ano. Segundo o deputado, o estudo será uma referência importante para o aperfeiçoamento da legislação do setor.

Fonte: http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=incentivos-lei-bem-serao-prorrogados-setor-informatica&id=020175091007&ebol=sim

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Câmera digital de código aberto abrirá novos campos para a fotografia

Redação do Site Inovação Tecnológica - 09/09/2009
Câmera digital de código aberto abrirá novos campos para a fotografia
Na Frankencamera, todas as características básicas - foco, exposição, velocidade do obturador, disparo do flash etc - são controladas por um programa que pode ser livremente alterado por qualquer programador. [Imagem: Stanford Univ.]

Pesquisadores da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, estão criando uma câmera digital de código aberto, o que significa que qualquer interessado poderá construi-la e escrever novos programas de controle para que a câmera funcione em modos customizados, atendendo exigências de aplicações específicas e permitindo novas experimentações em fotografia.

Câmera digital open-source

Hoje, quando alguém compra uma câmera digital, deve operá-la segundo o programa de controle interno que vem instalado de fábrica. Nada de baixar plugins, instalar novos filtros ou criar novas funções para captura e manipulação das fotos.

Na nova câmera, ao contrário, todas as características básicas - foco, exposição, velocidade do obturador, disparo do flash etc. - são controladas por um programa que pode ser livremente alterado por qualquer programador. "A premissa do projeto é construir uma câmera que seja de código aberto," diz o professor Marc Levoy, que está coordenando o desenvolvimento da câmera de hardware e software livres.

Manipulação de fotografias

Batizado de Frankencamera, numa alusão ao Dr. Frankenstein e ao monte de equipamentos postos juntos no projeto, o equipamento terá um sistema operacional que poderá ser baixado livremente. Os desenvolvedores poderão tanto otimizar o sistema operacional da câmera quanto criar novos aplicativos para ela.

Será possível, por exemplo, experimentar novos ajustes e novas formas de respostas à luz e ao movimento, acrescentar funções para aplicações específicas, como a captura de imagens astronômicas, ou a criação de novos algoritmos para processar as imagens originais de formas inovadoras, como acontece hoje com os filtros de programas de manipulação fotográfica.

Segundo Andrew Adams, o responsável pela maior parte do trabalho de construção da Frankencamera, o seu sonho é que logo seja possível baixar aplicativos para a câmera digital open-source da mesma forma que os usuários do iPhone fazem hoje.

Fotografia computacional

No nascente campo da fotografia computacional, pesquisadores e aficionados usam bancadas com conjuntos ópticos, chips de imageamento, computadores e programas especializados para melhorar fotografias e fazer novos experimentos. Mas isto tem limitado o desenvolvimento da área, deixando-a restrita a pessoas com grandes conhecimentos técnicos e muito recursos.

O objetivo da Frankencamera é estender essa experimentação, levando-a para as fotografias de paisagens, esportes e estúdios em geral.

Uma das possibilidades de uso da Frankencamera é na extensão da chamada faixa dinâmica, a capacidade de usar várias condições de iluminação na mesma cena. Isto é feito hoje em laboratório, sobretudo para fotografar animais muito pequenos. Ao capturar imagens da mesma cena com diferentes tempos de exposição, torna-se possível combiná-las em uma nova imagem na qual cada pixel tem iluminação ótima.

Fotografias resultantes desse processo têm conquistado os melhores prêmios em fotografias de insetos, plantas e de estruturas nanotecnológicas. Embora os algoritmos para efetuar esses truques sejam bem conhecidos, nenhuma câmera digital comercial é capaz de fazer isso. A Frankencamara será.

Câmera Frankenstein

A Frankencamera de fato merece o nome. Ela foi construída com uma placa-mãe tudo-em-um da Texas, rodando Linux, dotada de uma pequena tela LCD. O processador digital de imagens foi retirado de um telefone celular Nokia N95 e as lentes vieram de uma máquina Canon velha. O corpo da máquina foi construído pelos pesquisadores.

Agora que o conceito está testado, o próximo passo da pesquisa será substituir as partes adaptadas por outras que possam ser compradas no comércio, de forma a facilitar a construção do equipamento pelos interessados. Os pesquisadores afirmam que deverão colocar o projeto inteiro na Internet dentro de aproximadamente um ano.

Fonte:
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=camera-digital-codigo-aberto-campos-fotografia&id=010110090909

Grid de computação brasileiro começa a funcionar

Thiago Romero - 25/09/2009
Grid de computação brasileiro começa a funcionar hoje
Entra em operação a maior rede de alto desempenho na América Latina, interligando sete universidades. A capacidade teórica de processamento é de 33,3 trilhões de cálculos por segundo. [Imagem: Unesp]

Entra em operação hoje a maior rede de computadores de alto desempenho na América Latina, interligando sete campi universitários. A capacidade teórica de processamento é de 33,3 trilhões de cálculos por segundo.

O Programa de Integração da Capacidade Computacional da Universidade Estadual Paulista (Unesp), mais conhecido como GridUnesp, será inaugurado e começará a funcionar nesta sexta-feira (25/9).

Maior rede de alto desempenho da América Latina

Trata-se de um conjunto de clusters (aglomerados de computadores interconectados) formado por estruturas paralelas em outros seis diferentes campi, nas cidades de Araraquara, Bauru, Botucatu, Ilha Solteira, Rio Claro e São José do Rio Preto, além do núcleo principal instalado na capital paulista.

Ao todo, serão 2.944 unidades de processamento com 33,3 teraflops (trilhões de cálculos por segundo) de capacidade teórica de processamento . "É a maior estrutura computacional de alto desempenho e processamento distribuído na América Latina", disse Sérgio Ferraz Novaes, coordenador geral do GridUnesp e professor do Instituto de Física Teórica da Unesp, à Agência FAPESP.

"A implantação do GridUnesp é o passo decisivo para posicionar a universidade no patamar do compartilhamento de dados científicos em alto nível de desempenho computacional. É o resultado do reconhecimento da consolidação e da elevada capacidade de diversos grupos de pesquisa", disse Herman Jacobus Cornelis Voorwald, reitor da Unesp.

Computação em grid

Na computação em grid (grade, em português) o poder de processamento de muitos clusters é reunido para se obter um desempenho muito superior ao que seria possível caso os aglomerados fossem mantidos isolados.

Os computadores do GridUnesp utilizam processadores Intel Xeon de quatro núcleos e foram adquiridos da Sun Microsystems do Brasil. A estrutura permitirá a grupos de pesquisa acesso a elevados níveis de capacidade de processamento e armazenamento de dados nos mais diversos campos.

De DNA a LHC

Entre as áreas e aplicações que poderão se beneficiar estão o sequenciamento genético, previsão do tempo, modelagem molecular e celular, reconstrução de imagens médicas, desenvolvimento de novos materiais, segurança de redes de dados, química quântica e física de altas energias.

Nessa última área, o grupo liderado por Novaes, coordenador do GridUnesp, já desenvolve trabalhos em parceria com centros e projetos internacionais de pesquisa como o LHC (Large Hadron Collider, na Suíça). Um dos estudos se deu por conta do Projeto Temático "Física experimental de anéis de colisão: SP-Race e HEP Grid-Brasil", desenvolvido com apoio da FAPESP e cujos resultados deram origem ao Projeto Grid Educacional, lançado em 2008.

"Como todo o projeto do GridUnesp foi centrado na pesquisa científica, 14 projetos em andamento deverão se beneficiar de imediato da estrutura. Outra chamada de propostas para a contratação de novos projetos deve ser lançada ainda este ano", disse Novaes, que também coordena o Centro Regional de Análise de São Paulo (Sprace), instalado em 2003 com apoio da FAPESP.

Grade do conhecimento

Foram investidos no projeto do GridUnesp R$ 8 milhões, dos quais R$ 4,4 milhões da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e R$ 3,6 milhões da Unesp. A conexão do GridUnesp entre os clusters no interior de São Paulo ocorre por meio da rede KyaTera, desenvolvida no Programa Tecnologia da Informação no Desenvolvimento da Internet Avançada (Tidia) da FAPESP.

"A rede KyaTera teve um papel extremamente importante nesse projeto no que diz respeito ao fornecimento da estrutura de fibras apagadas, que posteriormente foi ampliada pelos pesquisadores da Unesp", explicou Novaes.

A rede KyaTera se equipara ao que existe de mais avançado no mundo em desempenho de redes com tecnologia de transmissão óptica. Sua ampliação foi realizada com a aquisição de equipamentos desenvolvidos pela Padtec, empresa que atua no desenvolvimento de alta tecnologia na área de redes ópticas.

Anel metropolitano de dados

Na capital, a rede foi redimensionada de forma a incluir o novo campus da Unesp na Barra Funda, no anel metropolitano que liga diversas universidades e institutos de pesquisa. No interior, foram criados novos enlaces de fibra, prolongando a malha óptica até Ilha Solteira.

As unidades da Unesp em Bauru, Botucatu, Ilha Solteira, São José do Rio Preto e Rio Claro estão sendo conectadas a Araraquara com velocidade de 1 gigabit por segundo, sendo o tráfego agregado transmitido até o data center do Núcleo de Computação Científica da Unesp e ao enlace internacional a 10 gigabits por segundo.

Outro benefício proporcionado pelo projeto GridUnesp é a instalação de um novo gateway (portão de entrada) no campus da Barra Funda que permitirá o tráfego de internet por meio da rede MetroSampa.

Novaes destaca que o Brasil tem hoje uma demanda crescente de pesquisas que exigem a evolução do conceito de grade, uma vez que os problemas científicos necessitam cada vez mais da produção de maior quantidade de dados, que devem ser filtrados e armazenados em um espaço de tempo menor.

Fonte:
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=grid-computacao-brasileiro-comeca-funcionar-hoje&id=010175090925&ebol=sim

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Google adquire programa de segurança ReCAPTCHA

Google adquire programa de segurança ReCAPTCHA

Redação do Site Inovação Tecnológica - 16/09/2009
Google adquire programa de segurança ReCAPTCHA

O que são captchas?

O Google anunciou a aquisição do programa ReCAPTCHA, utilizado para oferecer mais segurança aos sites da Internet por meio de letras ou números que o usuário deve digitar quando interage com um site.

As letras, que aparecem como desenhos distorcidos, evitam a distribuição de spam e o uso de sites interativos por programas automatizados, já que o reconhecimento dos caracteres é possível para um ser humano, mas muito difícil para um programa de computador. CAPTCHA é um acrônimo para Completely Automatic Public Turing test to tell Computers and Humans Apart.

Captcha do bem

Existem inúmeros programas de Captcha disponíveis no mercado, a maioria gratuita. Mas o ReCAPTCHA é especial. Enquanto os outros programas apresentam caracteres aleatórios e simplesmente checam se esses caracteres foram digitados corretamente, o ReCAPTCHA mostra palavras extraídas de livros impressos que estão em processo de digitalização.

Assim, quando digitam as palavras, muitas vezes quase ilegíveis, os usuários dos sites que usam o ReCAPTCHA estão na verdade ajudando a digitalizar livros antigos, jornais e outros materiais impressos antes do advento dos computadores.

A possibilidade de ajudar uma causa nobre fez com que o ReCAPTCHA de proliferasse como erva-daninha pela Internet. Milhares de sites ao redor do mundo já o adotaram. Seu uso é gratuito. Durante seu primeiro ano de funcionamento, 1,2 bilhão de captchas foram resolvidos e mais de 440 milhões de palavras foram corretamente decifradas. Isso equivale à digitalização de 17.600 livros.

Corrigindo o OCR

Mas como o programa sabe que o usuário digitou a palavra correta? O sistema funciona assim: o software do ReCAPTCHA pega uma palavra conhecida e outra que não foi reconhecida pelo OCR (Optical Character Recognition), e apresenta ambas ao usuário. Se o usuário interpretou corretamente a primeira, o programa assume que a segunda também foi interpretada corretamente.

O mesmo conjunto é apresentado seguidamente a vários usuários, até que, estatisticamente, o programa tenha certeza de que a palavra foi mesmo reconhecida. O texto do livro é então atualizado e dado como corretamente digitalizado.

ReCAPTCHA

O ReCAPTCHA foi lançado em 2007 pelo pesquisador Luis von Ahn, da Universidade Carnegie Mellon, nos Estados Unidos, tendo logo se transformado em uma empresa, criada com o objetivo de divulgar e eventualmente comercializar o programa.

O Google não divulgou se pretende fazer alguma alteração nas diretrizes de uso do programa.

Cientistas resolvem problema além da capacidade dos computadores

Redação do Site Inovação Tecnológica - 23/09/2009
Cientistas resolvem problema além da capacidade dos computadores
A proposta inicial do problema, feita por al-Karaji, e que não envolvia ainda os triângulos retângulo.[Imagem: Univ. Warwick]

Um grupo internacional de matemáticos conseguiu resolveu um problema que exige a manipulação de números tão grandes que a memória RAM dos maiores supercomputadores atuais não é suficiente para conter nem mesmo um só deles.

Este é o primeiro cálculo desse tipo a ser resolvido envolvendo mais de um trilhão de triângulos. O avanço somente foi possível graças a uma nova técnica de multiplicação desses números descomunais. Se um deles fosse escrito à mão, o espaço ocupado seria equivalente a ir até a Lua e voltar.

Além da capacidade dos computadores

Mas então, que mágica é esta que permite o cálculo com números que são grandes demais para serem escritos e que não cabem na memória dos computadores?

A solução foi encontrada nos discos rígidos, que podem ser adicionados a um computador até atingirem capacidades muito superiores à da memória RAM, a memória de cálculo dos computadores.

Enquanto os computadores normalmente contam com poucos gigabytes de RAM, os discos rígidos já são encontrados na faixa dos terabytes cada um. Os números foram armazenados nos discos rígidos e os cálculos foram feitos parcialmente, com cada parte do número sendo lido somente quando necessário.

Programa livre

"A parte difícil foi desenvolver uma biblioteca de código de computador para fazer esse tipo de cálculo. Uma vez pronta, não levou muito tempo para escrever o programa especializado para essa computação em particular," conta o matemático Bill Hart, um dos membros da equipe.

O programa utilizado para o cálculo foi disponibilizado gratuitamente e qualquer um com interesse suficiente em matemática - e com um computador com discos rígidos suficientes - poderá igualar o recorde dos pesquisadores e até mesmo estabelecer novos recordes.

Números congruentes

O problema diz respeito à área dos triângulos retângulo. O problema surpreendentemente difícil é determinar quais números inteiros podem representar a área de um triângulo retângulo cujos lados sejam números inteiros ou frações. A área de um triângulo assim é chamado de um "número congruente."

Por exemplo, o triângulo retângulo 3-4-5 que os estudantes veem em geometria tem uma área de 1/2 x 3 x 4 = 6; assim, 6 é um número congruente. O menor número congruente é 5, que é a área do retângulo cujos lados medem 3/2, 20/3 e 41/6.

A lista dos números congruentes começa com 5, 6, 7, 13, 14, 15, 20, 21, etc. Isso cria uma sequência bem ordenada com a adição de 8, onde cada número na linhagem 5, 13, 21, 29, 37, ..., é um número congruente.

O problema é que existem sequências mais misteriosas, como 11, 19, 27, 35, ..., forçando a que cada número seja checado individualmente.

O cálculo agora realizado descobriu 3.148.379.694 novos números congruentes até um trilhão. Os matemáticos preveem que existam cerca de 800 bilhões de números congruentes até um quatrilhão, o que poderá ser checado quando a tecnologia produzir discos rígidos grandes o suficiente.

Problema milenar

O problema resolvido foi proposto pelo matemático persa al-Karaji, que viveu entre os anos de 953 e 1029. "Problemas antigos como esse podem parecer obscuros, mas eles geram um enorme interesse e produzem pesquisas úteis conforme as pessoas desenvolvem novas formas de atacá-los," diz Brian Conrey, do Instituto Norte-Americano de Matemática.

Se você duvida da importância do problema, basta ver quem já se envolveu com ele. Fibonacci mostrou que 5 e 7 eram congruentes, mas não conseguiu provar que 1 não era. Isto só foi resolvido por Fermat, famoso pelo "último teorema de Fermat," em 1659.

A coisa ficou quase estacionada até 1915, quando foram determinados os números congruentes até 100. Em 1952, Kurt Heegner criou técnicas avançadas de matemática que demonstraram que os números primos na sequência 5, 13, 21, 29, ..., são congruentes. Até 1980, havia casos até 1000 que ainda não haviam sido resolvidos. Agora os pesquisadores chegaram a 1 trilhão.

Cuidado x 2

Os matemáticos são conhecidos pelos seus gostos pela precisão e pelas eternas distinções entre argumentos, provas e demonstrações. Já os programas de computador são conhecidos tanto pelos problemas que resolvem quanto pelos seus bugs.

É por isto que resultados como estes são vistos como ceticismo no mundo da matemática - a complexidade dos cálculos deixa muito espaço para erros tanto do software quanto do próprio hardware.

Para se defender desses argumentos, os pesquisadores fizeram os cálculos duas vezes, em computadores diferentes, usando algoritmos diferentes, codificados por dois grupos independentes de pesquisadores.
Bibliografia:

Congruent number theta coeficients to 10^12
Robert Bradshaw, William B. Hart, David Harvey, Gonzalo Tornaria, Mark Watkins
Online
September 18, 2009
http://www.warwick.ac.uk/~masfaw/congruent.pdf

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

LNCC promove debate sobre acesso da sociedade à ciência da matemática

Paulo Roberto Trales, professor da Universidade Federal Fluminense (UFF), é o convidado do programa "Professor, Fique Por Dentro", que acontece nesta quinta-feira, 24 de setembro
Motivo de preocupação para muitos estudantes, a matemática é o assunto do próximo encontro do programa "Professor, Fique Por Dentro", evento promovido mensalmente pelo Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC).

O cientista Paulo Roberto Trales, professor da Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói-RJ, pretende, entre os tópicos, mostrar falhas comuns praticadas por alunos ao tentar resolver problemas matemáticos. O tema do encontro é: "O que nos ensinam problemas matemáticos mal formulados ou onde falha a intuição?".

O evento acontece nesta quinta-feira, 24 de setembro, às 10h, na sede do LNCC, localizado na Av. Getúlio Vargas, nº 333, Quitandinha, Petrópolis-RJ.

EUA testam tecnologia que enterra CO2 emitido por usina a carvão

Térmica começa a usar método esta semana. Ambientalistas criticam
Construída em 1980, bem antes de o aquecimento global se tornar uma preocupação geral, a termelétrica de Mountaineer, em New Haven, nos Estados Unidos, está prestes a se tornar a primeira usina a carvão do mundo a capturar e enterrar parte do CO2 que emite. A esperança é que, em vez de ser liberado rumo à atmosfera, agravando ainda mais o efeito estufa, o gás fique debaixo da terra por milênios.

O projeto deve entrar em funcionamento nos próximos dias e já desperta a atenção de autoridades de China e Índia, que lutam contra a dependência desse tipo de geração de energia, considerada suja. Como eles, os EUA ainda são dependentes das térmicas a carvão para suprir suas necessidades energéticas.

Para especialistas, essa estratégia pode se revelar mais eficiente do que a construção de novas e mais modernas usinas. Mesmo assim, a viabilidade econômica da tecnologia de captura de CO2 permanece cercada de incertezas.

Certamente, o método vai sugar uma substancial quantidade de energia da usina - previsões mais otimistas dizem que será algo em torno de 15%; as mais pessimistas, em torno de 30%. Alguns argumentam que essa tecnologia pode se tornar mais cara do que a solar e a nuclear. E como toda novidade, mesmo os engenheiros ligados à iniciativa, não sabem se o método vai funcionar corretamente e se o dióxido de carbono vai, realmente, ficar bem estocado.

O projeto prevê que 100 mil toneladas de CO2 sejam enterradas anualmente, durante dois ou até cinco anos. O valor, dizem os responsáveis, representa 1,5% das emissões anuais da usina.

Ambientalistas, contrários às usinas a carvão, estão preocupados com a medida, acreditando que vai ser como trocar um problema, o aquecimento global, por outro, a possível poluição dos reservatórios de água da região.
(Matthew L. Wald, do New York Times)
(O Globo, 23/9).

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Acquisition of data and modeling of transport and geochemical processes in waste rock piles.

Em 2008 publiquei um capítulo de livro referente a minha Tese de Doutorado.
A publicação foi no livro:
Water Resources Research Progress

link:
http://books.google.com.br/books?id=_OfV1EqTS48C&printsec=frontcover&source=gbs_v2_summary_r&cad=0#v=onepage&q=&f=false

O título do capítulo do livro é:
Acquisition of data and modeling of transport and geochemical processes in waste rock piles.

link:
http://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=_OfV1EqTS48C&oi=fnd&pg=PA311&dq=Acquisition+of+data+and+modeling+of+transport+and+geochemical+processes+in+waste+rock+piles.&ots=WpwM7kxlkY&sig=uQ9lRPej5Yb9LGifM8tlR65pNMc#v=onepage&q=Acquisition%20of%20data%20and%20modeling%20of%20transport%20and%20geochemical%20processes%20in%20waste%20rock%20piles.&f=false

Autores:
Ondra Sracek, Eurípedes do Amaral Vargas Jr. e Júlio César da Silva

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Brasil fará transmissão transcontinental de cinema em altíssima definição

"A primeira transmissão transcontinental ao vivo de cinema em superalta definição da América Latina para os Estados Unidos e Japão", como vem sendo chamada por seus organizadores, será realizada na quinta-feira (30/7), às 19 horas, durante a 10ª edição do Festival Internacional de Linguagem Eletrônica (File), em São Paulo.

Do Teatro Popular do Serviço Social da Indústria (Sesi), na capital paulista, o filme Enquanto a noite não chega, dirigido por Beto Souza e Renato Falcão, será transmitido para a Universidade da Califórnia em San Diego e para a Universidade de Keio.

4 vezes melhor que TV Full HD

Por meio da rede KyaTera, do Programa Tecnologia da Informação no Desenvolvimento da Internet Avançada (Tidia), o desafio será transmitir, em tempo real, imagens em movimento de um longa-metragem com resolução de 4K.

A tecnologia 4K (4096 × 2160 pixels) refere-se à projeção de imagens em altíssima resolução. O total equivale a mais de 8 milhões de pixels, o dobro de um filme digital convencional. Trata-se de uma imagem com definição cerca de quatro vezes maior do que a HD (High Definition) e 24 vezes superior que a da televisão tradicional.

As imagens serão transmitidas ao vivo pelas redes de fibras ópticas do KyaTera, que operam com taxas de até 10 gigabits por segundo (Gbps), capacidade atualmente restrita principalmente às universidades e instituições de pesquisa do país.

Possibilidades para ciência

"Trata-se de um experimento que abre possibilidades enormes para a ciência, funcionando, primeiramente, com a demonstração de um princípio tecnológico factível para, em seguida, gerar novos benefícios e aplicações em outras áreas do conhecimento", disse o professor Eunézio de Souza, coordenador do Laboratório de Fotônica do Mackenzie e coordenador da camada física das redes ópticas do KyaTera, à Agência FAPESP.

"As infraestruturas lógica e física da rede estão prontas e as chances de a transmissão fracassar são muito remotas - isso aconteceria caso a energia elétrica da Avenida Paulista acabasse na hora do experimento, por exemplo, uma vez que os lasers que alimentam os cabos ópticos com informações são alimentados eletricamente", afirmou.

Fibras ópticas apagadas

Segundo o docente, que é conhecido pela comunidade científica como Thoroh, a transmissão transcontinental só se tornará possível graças à infraestrutura oferecida pela rede, que conecta dezenas de laboratórios de pesquisa no Estado de São Paulo.

"Sem o KyaTera não haveria esse experimento. A grande vantagem dessa rede é a possibilidade de usarmos as fibras ópticas apagadas [desativadas ou sem tráfego de luz], que já estão disponíveis e não estão conectadas a nenhum dispositivo convencional. Essas fibras pertencem à Telefônica e foram cedidas por meio de um acordo de cooperação científica com a FAPESP", disse.

"Diferentemente das fibras acesas, cuja largura de banda é determinada pelas empresas operadoras, nas fibras apagadas somos nós, pesquisadores, que determinamos as características da banda a ser utilizada. Para o experimento da transmissão transcontinental de imagens em superalta definição, utilizaremos taxas de cerca de 10 Gbps", completou.

Laboratório de Fotônica

Pelo lado brasileiro, a iniciativa é liderada por docentes e pesquisadores dos programas de Pós-Graduação em Educação, Arte e História da Cultura e de Engenharia Elétrica da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Os detalhes técnicos para a transmissão das imagens estão a cargo do Laboratório de Fotônica do Mackenzie.

"Vemos esse experimento como a ligação da inovação tecnológica com um evento cultural e artístico que é o cinema", disse Jane de Almeida, coordenadora dos cursos de mestrado e doutorado em Educação, Arte e História da Cultura do Mackenzie e que também está à frente do experimento.

Participam ainda da transmissão pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) e da Rede ANSP (Academic Network at São Paulo, na sigla em inglês), da FAPESP.

No dia seguinte à transmissão transcontinental, na sexta-feira (31/7), às 10 horas, haverá um debate por cineconferência com pesquisadores brasileiros e das duas universidades estrangeiras que participam do projeto.

Mais informações podem ser obtidas no site www.file.org.br.

Nariz eletrônico

Projeto de cooperação envolvendo pesquisadores brasileiros e cubanos deve resultar em robô capaz de identificar os mais diversos cheiros. Mecanismo poderá ser usado para detectar a presença de gases tóxicos, explosivos ou pessoas presas sob escombros
Gisela Cabral escreve para o "Correio Braziliense":

Um robô preparado para identificar odores de gases tóxicos, entorpecentes, explosivos e até pessoas em locais de difícil acesso. Se depender de um estudo desenvolvido por pesquisadores brasileiros e cubanos, essas serão algumas das aplicações de uma plataforma robótica móvel, dotada de narizes eletrônicos previamente treinados para a detecção de substâncias específicas.

Fruto de um intercâmbio que terá início até o fim do ano, o projeto busca a construção de um protótipo inédito no país, além da troca de informações e a capacitação de profissionais nos dois países. Enquanto o Brasil dará sua contribuição na área de robótica, Cuba fornecerá conhecimentos sobre interfaces eletrônicas e instrumentação virtual para sensores físicos e químicos.

Narizes e línguas eletrônicas programadas para identificar substâncias têm sido amplamente utilizados não só em pesquisas, mas também na indústria, em especial na de alimentos. Porém, segundo a proposta dos cientistas, o desenvolvimento de um robô que sente cheiros é bem mais complexo, pois envolve técnicas de navegação, localização e controle, combinadas com o sensoriamento e a instrumentação.

"O grande diferencial é aplicar os narizes eletrônicos em um protótipo móvel. É preciso muito estudo", explica o professor titular da Universidade do Vale do Itajaí (Univali) e responsável pelo estudo, Alejandro Ramirez.

Esses sensores devem ser previamente treinados para a identificação de cheiros. A partir daí, é formado um padrão para cada uma dessas substâncias, que ficam armazenadas na memória da máquina. "É mais ou menos como acontece com o ser humano. Porém, é claro que o nosso cérebro consegue ser treinado numa velocidade maior e com um número infindável de substâncias novas", explica ele.

A utilização do robô no meio ambiente tem sido uma das propostas mais discutidas pelos cientistas, entre eles, os coordenadores do projeto, os professores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Edson de Pieri, e da Universidade de Havana (Cuba), José Antonio Pérez. O projeto terá dois anos para ser concluído. O custeio de atividades correntes para a equipe brasileira será de R$ 10 mil por ano, financiados pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Nível Superior.

Chile anuncia adesão à TV digital nipo-brasileira

Governo negocia com outros países sul-americanos, como o Equador, e ministro diz que Venezuela deve anunciar em outubro adoção do padrão
Gerusa Marques escreve para "O Estado de SP":

A construção de um modelo sul-americano de TV digital, com base no sistema nipo-brasileiro, ganhou ontem uma adesão de peso com a opção do governo chileno pelo padrão japonês. O ministro das Comunicações, Hélio Costa, anunciou a adesão do Chile, prevendo que o padrão japonês de televisão digital, com inovações brasileiras, terá os "melhores preços do planeta" para televisores, conversores e equipamentos.

Apesar do otimismo do ministro, a adoção da tecnologia ainda é modesta no País. No mês passado, o Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital (SBTVD) divulgou que haviam sido vendidos cerca de 1,6 milhão de receptores no País. O software de interatividade Ginga, única tecnologia genuinamente brasileira no sistema, deve começar a ser incorporado aos equipamentos somente este mês. Os conversores de TV digital mais baratos custam cerca de R$ 300, o mesmo preço de há um ano atrás.

Segundo Costa, a redução de preços será obtida com a ampliação da escala de produção, já que a adoção de um mesmo sistema por todos os países sul-americanos pode dobrar o mercado atual de televisores, que é de 10 milhões por ano no Brasil. Até o momento, já são quatro países. O Peru tomou sua decisão em abril e a Argentina aderiu no mês passado.

"Estamos caminhando para um grande sistema sul-americano de TV digital, que vai possibilitar todo intercâmbio comercial, cultural, artístico e técnico entre os países do Cone Sul", afirmou.

Costa informou que, no próximo mês, a Venezuela também deverá fazer sua opção pelo sistema nipo-brasileiro. Segundo o ministro, os entendimentos estão avançados também com Equador e Cuba, e há conversas com Bolívia e Paraguai. Ele disse que ainda tem esperança de que os governos do Uruguai e da Colômbia voltem atrás na opção que fizeram pelo padrão europeu. "Todo mundo que erra tem o direito de voltar atrás", brincou.

A partir de 1º de janeiro, os televisores de plasma de até 42 polegadas produzidos na Zona Franca de Manaus já sairão da fábrica com o conversor de TV digital embutido. A decisão consta de portaria do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio, publicada na sexta-feira passada.

No mês passado, uma outra portaria estabeleceu regras para televisores de tela cristal líquido (LCD). Os aparelhos acima de 32 polegadas terão de vir com conversor embutido a partir do próximo ano, alcançando os de 26 polegadas em 2011, e valendo para todos os televisores de LCD em 2012. Em 2008, foram produzidos cerca de 11 milhões de aparelhos, sendo 2,7 milhões com tela de plasma e de LCD. Até maio deste ano, a produção foi de 2,1 milhões de TVs de tubo e 1,2 milhão de plasma e LCD.
(O Estado de SP, 15/9)

Lançado tradutor universal para Firefox

Barreira do idioma

A China está nos noticiários todos os dias, mas apenas uma minoria de internautas consegue ver o que passa pelos noticiários lá da China. E há muitos aficionados de tecnologia que gostariam de ver o que anda rolando pelos sites do Japão ou da Coreia.

Apesar da universalidade da Internet, as barreiras do idioma são ainda fatos muito concretos, principalmente no caso dos países com alfabetos tão diferentes quanto os países asiáticos ou árabes, para os quais ainda não existem bons tradutores online.

Tradutor universal online

É aí que entra o Worldwide Lexicon (WWL), um projeto de código livre de um sistema de tradução que pretende ser nada menos do que universal, ou seja, pretende chegar a um ponto em que será possível fazer a tradução de textos escritos em qualquer idioma.

Embora esteja longe da perfeição, o tradutor WWL, lançado na última semana na forma de um plugin para o navegador Firefox, abre bons buracos na tal barreira da linguagem, permitindo que o internauta tenha uma excelente ideia do conteúdo dos sites escritos em linguagens que ele não domina. Quanto mais técnico for o assunto, melhor é o resultado.

A grande vantagem do plugin tradutor, em comparação, por exemplo, com o tradutor do Google, é que a tradução é feita na própria página visitada, mantendo inclusive a formatação original do site.

O plugin já é capaz de reconhecer 40 idiomas. Inicialmente o usuário seleciona seu idioma de preferência e, tão logo ele visite uma página em outro idioma, o próprio programa se incumbe de fazer a tradução. Se o idioma do site visitado não estiver contemplado no projeto WWL, o plugin tenta usar outros serviços online, como o tradutor do Google.

Serviço de tradução para sites e blogs

O projeto vai além de um simples tradutor. O Worldwide Lexicon é também uma comunidade de pessoas interessadas em fazer traduções, profissionais ou não. Qualquer voluntário pode escolher o site de seu interesse, traduzi-lo e compartilhar a tradução com seus amigos.

O projeto tem ainda ferramentas para a publicação de sites e blogs simultaneamente em diversos idiomas. O usuário pode escolher entre as traduções automatizadas, traduções profissionais ou mesmo traduções feitas por leitores voluntários.

O plugin do tradutor universal pode ser baixado no site do projeto WWL, no endereço www.worldwidelexicon.org.

Detalhes em:
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=lancado-tradutor-universal-firefox&id=010150090915&ebol=sim

Lula sanciona lei que cria Universidade Federal da Fronteira Sul

A UFFS terá campi nos estados de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul. Estima-se que 2.160 alunos sejam selecionados no primeiro processo seletivo, que terá como base as notas dos candidatos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem)
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou nesta terça-feira, 15, a lei que cria a Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS). Outros três projetos de Lei tramitam no Congresso para criar as universidades federais da Integração Latino-Americana (Unila), da Integração Luso-Afro-Brasileira (Unilab) e da Integração Amazônica (Uniam).

O ministro da Educação, Fernando Haddad, considera um recorde o número de universidades criadas em um governo, nos últimos anos. "Até então, a marca pertencia a Juscelino Kubitschek, que criou dez", disse ele. Além das novas instituições, os campi das universidades já existentes se expandiram e interiorizaram; são 100 novos campi em todo o país.

Haddad destacou o empenho de reitores das universidades e dos institutos federais de educação, ciência e tecnologia - que crescerão para 354 escolas até o final de 2010 - como fator de sucesso para a expansão das oportunidades educacionais. "E, no caso da Federal da Fronteira Sul, os estados contemplados e os movimentos sociais foram determinantes para a criação da instituição", afirmou.

A UFFS terá campi nos estados de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul. Cerca de 10 mil estudantes de graduação serão atendidos. As obras começam no próximo ano, mas a partir de março a universidade já funcionará em espaços provisórios. Estima-se que 2.160 alunos sejam selecionados no primeiro processo seletivo, que terá como base as notas dos candidatos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Para atender todos os estudantes com um ensino de qualidade, serão contratados 158 professores e 145 técnicos, também em 2010. Pelas previsões, 500 professores e 340 técnicos estarão trabalhando em 2013, quando a universidade deve estar em pleno funcionamento.

A instituição oferecerá os cursos de administração, agronomia, aquicultura, arquitetura e urbanismo, ciência da computação, desenvolvimento rural, enfermagem, engenharia ambiental, engenharia de alimentos e licenciaturas em filosofia, história, geografia, sociologia, pedagogia, português, espanhol e educação no campo. A sede da universidade ficará em Chapecó (SC) e os demais campi, em Cerro Largo e Erechim (RS), Laranjeiras do Sul (PR) e Realeza (PR).

Para despesas de custeio, investimentos e pagamentos de servidores, à UFFS serão destinados R$ 306 milhões até 2012.
(Informações da Assessoria de Comunicação do MEC)

terça-feira, 7 de julho de 2009

Maratona de Programação SBC - sede UNIFESO

A XIV Maratona de Programação faz parte do Concurso de Programação da ACM. Assim, as regras das regionais se aplicam neste concurso no tocante à formação dos times, pontuação e classificação para as finais mundiais do Concurso da ACM.

A XIV Maratona de Programação ocorrerá em duas fases. A primeira fase da Maratona será no dia 19 de setembro de 2009 em 46 sedes no país aprovadas pelo Comitê Diretor da Maratona. Destas 46 sedes, 5 são na Região Centro-Oeste, 11 na Região Nordeste, 5 na Região Norte, 7 na Região Sul e 18 na Região Sudeste. Das 18 da Região Sudeste, 2 são no Estado do Rio de Janeiro (Nova Iguaçu e Teresópolis).

Mais informações em: http://www.feso.br/maratonasbc/

Fotosizer 1.21 - Redimensionar fotos rapidamente

Esta é uma ferramaenta extremamante útil para quem deseja redimensionar fotos.
Ela pode ser baixada gratuitamente do site da revista Info: http://info.abril.com.br/download/5430.shtml

Eu recomendo esta ferramenta.

Descrição do fabricante:

O Fotosizer é uma ferramenta freeware que modifica o tamanho de várias imagens ao mesmo tempo. O programa é necessário porque cada vez mais os internautas compartilham fotos na internet. E para isso, os internautas precisam deixar as fotos num bom tamanho para as diversas conexões WEB. É isso que o Fotosizer faz, e com apenas três simples passos:
1) selecione as fotos;
2) defina o tamanho desejado;
3) aciona o botão redimensionar.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Tecnologias Aplicadas ao Ensino de Matemática

PALESTRA USS - Universidade Severino Sombra

Data: 06/06/2009

Horário: 10h

Palestrante: Júlio César da Silva

Contato: jcesarop@gmail.com

Título da Palestra: Tecnologias Aplicadas ao Ensino de Matemática

Resumo da Palestra: O uso de tecnologia no ensino está cada vez mais frequente, por despertar um maior interesse dos alunos no que diz respeito ao aprendizado de um determinado assunto. Para que o uso de tecnologia na educação seja viável, é preciso construir novas ferramentas para apoio no processo de ensino-aprendizagem e preparar os educadores para fazerem uso destas tecnologias durante as aulas ministradas. A intensificação do uso destas ferramentas despertará maior interesse dos alunos e tornará a aula mais prazerosa. Por outro lado, a limitação de infraestrutura em estabelecimentos de ensino pode ser um grande empecilho, mas quando esta limitação não existe, o grande empecilho é a falta de preparo dos professores, não fazendo ou fazendo uso inadequado de tecnologias. O professor tem que ser preparado não só para fazer uso de tecnologias, mas também para ser capaz de escolher a melhor ferramenta, aquela que atenda corretamente o objetivo da atividade a ser desenvolvida. Por isso, esta palestra tem como objetivo apresentar algumas ferramentas existentes no mercado, discutir critérios que devem ser levados em conta na escolha de tal ferramenta e como os professores podem proceder para preparar atividades que envolvam uso de tecnologias no ensino de matemática. Algumas das soluções a serem apresentadas nesta palestra, foram desenvolvidas ou estão em desenvolvimento com o auxílio de alunos de graduação de cursos de Ciência da Computação em projetos de Pesquisa e Iniciação Científica.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Curso de Modelagem Geoquímica


Curso: Modelagem Geoquímica e Modelagem de Transporte Reativo em Problemas de Geoquímica Ambiental e de Mineração

Professores: Ondra Sracek e Júlio César da Silva

Programas: PHREEQC (a ser usado pelos participantes), TOUGH REACT;

Data: 25 a 27 de maio de 2009

Horário:

manhã: 9:00 às 12:00 hs

tarde: 14:00 às 17:00 hs

Local: sala de computadores de número S-21 do Rio Datacentro localizado no campus da PUC-Rio, Gávea, Rio de Janeiro. Esta sala se localiza no subsolo (indicado por Laboratório) do edifício do Rio Datacentro.

O campus da PUC situa-se na Rua Marquês de São Vicente, 225 no bairro da Gávea. Para as pessoas que vierem de táxi, indicar ao motorista para chegar pela entrada do Planetário.
Conteúdo: O curso deverá demonstrar aplicações práticas de programas de modelagem geoquímica e transporte reativo “hands on”, ou seja, pela utilização pelos participantes de um destes programas durante o curso. Inicialmente, será feita uma apresentação da teoria necessária. Em seguida, através do estudo de casos práticos, serão discutidos os dados necessários, modelos conceituais, preparação dos dados de entrada e análise dos resultados obtidos com o uso do software PHREEQC. Este programa, de domínio público, é disponível no site do US Geological Survey. Alguns exemplos obtidos com o programa TOUGHREACT (Lawrence Berkeley Laboratory, Califórnia) serão também apresentados (este programa, no entanto não é de domínio público).

Programa:

25 de maio.

Manhã:

  • Introdução ao transporte de contaminantes e processos geoquímicos no meio subterrâneo;

Tipos de modelagem geoquímica

Geoquímica de drenagem em minas

Tarde:

  • Preparação de dados de entrada e estudo da base de dados do PHREEQC

Estudo de caso: Aquífero Guarani, São Paulo, Brasil

Estudo de caso: barreira reativa em Milovice, Czech Republic

26 de maio.

Manhã:

  • Cálculos com o PHREEQC em ensaios do tipo batelada (batch) incluindo mistura;

Estudo de caso: Pilha de rejeitos de Smolnica, Polonia.

Tarde:

  • Modelagem da neutralização de drenagem ácida em mineração através de ensaios em colunas;
  • Modelagem de processos de adsorção utilizando complexação de superfície.

27 de maio.

Manhã:

  • Introdução ao TOUGHREACT;
  • Exemplos de aplicação incluindo fluxo multifásico e injeção de CO2 em meios geológicos;

Tarde:

  • Discussão sobre os casos analisados;

Informações: prof. E. Vargas Jr. Departamento de Engenharia Civil PUC-Rio

Telefone: (21) 3527 1188 ou (21) 9601 7434 vargas@puc-rio.br

Inscrição e forma de pagamento: Depositar a taxa de inscrição (R$790,00) na conta da Fundação Padre Leonel Franca (FPLF-PUC Rio) até o dia 20 de maio de 2009:

Banco: Itaú

Agencia: 1108

Conta: 04755-4

e enviar uma cópia do comprovante para Celso Rodrigues Vitor (FPLF) por fax: 21-2511 5645 ou por email celso@fplf.org.br