terça-feira, 13 de outubro de 2009

Formigas digitais usam inteligência conjunta para defender computadores

Eric F. Frazier - 29/09/2009
Formigas digitais usam inteligência conjunta para defender computadores
Na interminável batalha para proteger as redes de computadores de invasores, os especialistas em segurança estão lançando uma nova defesa inspirada em uma das mais resistentes criaturas da natureza - as formigas.[Imagem: Steve Jurvetson]

Na interminável batalha para proteger as redes de computadores de invasores, os especialistas em segurança estão lançando uma nova defesa inspirada em uma das mais resistentes criaturas da natureza - as formigas.

Ao contrário dos sistemas de segurança tradicionais, que são estáticos, essas "formigas digitais" espalham-se pelas redes de computadores em busca de ameaças, como os "vermes de computador", ou worms - programas autorreplicantes projetados para roubar informações ou facilitar o uso não autorizado dos computadores.

Formigas digitais

Quando uma formiga digital detecta uma ameaça, não demora muito para que um exército de formigas convirja para aquele local, chamando a atenção dos operadores humanos, que poderão investigar o ataque no momento de sua ocorrência.

O conceito, chamado "inteligência de rebanho," promete transformar a área da segurança digital graças à sua capacidade de se adaptar prontamente às ameaças, elas próprias em constante mutação.

"Na natureza, nós sabemos que as formigas defendem-se contra as ameaças de forma muito eficiente," explica o professor Errin Fulp, da Universidade Wake Forest, nos Estados Unidos. "Elas podem ativar suas defesas rapidamente e depois voltar tranquilamente ao seu comportamento rotineiro depois que o intruso foi eliminado. Nós estamos tentando alcançar esse mesmo comportamento em uma rede de computadores."

O peso da segurança

Os sistemas de segurança atuais são projetados para defender os computadores de todas as ameaças conhecidas desde o início da história da informática, mas os caras maus que escrevem programas maliciosos - também conhecidos como malware - introduzem ligeiras variações o tempo todo, a fim de fugir dos sistemas de defesa.

À medida que novas variações são descobertas e as atualizações de segurança são disponibilizadas, os programas adquirem maior capacidade, mas também passam a demandar mais recursos do sistema, os antivírus levam mais tempo para rodar e as máquinas ficam mais lentas - um problema familiar para a maioria dos usuários de computador.

Inteligência de rebanho

A ideia de imitar o comportamento das formigas foi do pesquisador Glenn Fink. Sabendo da familiaridade do seu colega Fulp com o desenvolvimento de sistemas de varredura de segurança mais rápidos por meio do emprego de processamento paralelo, Fink juntou-se a ele para testar o conceito de formigas digitais em uma rede de 64 computadores.

A "inteligência de rebanho" usado no novo sistema divide o processo de busca pelas ameaças à segurança por suas características. A seguir, a tarefa de escaneamento de cada tipo de ameaça é distribuído pelos vários computadores da rede.

"Nossa ideia é lançar 3.000 tipos diferentes de formigas digitais, cada um procurando por evidências de um tipo de ameaça," diz Fulp. "Conforme elas se movimentem pela rede, as formigas digitais deixarão trilhas digitais inspiradas nas trilhas de cheiro que as formigas de verdade usam para guiar suas companheiras. Cada vez que uma formiga digital identificar alguma evidência de ameaça, ela está programada para deixar uma pista mais forte. Trilhas com pistas mais fortes atrairão mais formigas, criando um exército que assinala uma possível infecção do computador."

Programa sentinela

Durante o teste, os pesquisadores introduziram vermes digitais em sua rede experimental e as formigas digitais foram capazes de localizá-los. Os resultados foram tão positivos que o projeto, nascido de uma cooperação em uma pesquisa feita durante as férias, foi estendido e agora já incorpora dois estudantes de doutoramento, que farão suas teses enquanto aprimoram o novo sistema de segurança, preparando-o para disponibilização.

Fulp afirma que a nova abordagem de segurança digital será mais adequada para grandes redes que contêm muitas máquinas idênticas, como as existentes em órgãos do governo, grandes empresas e universidades.

Os usuários de computadores não precisarão se preocupar que um enxame de formigas digitais possa se decidir a estabelecer residência em suas máquinas. As formigas digitais não podem sobreviver sem um programa sentinela, instalado em cada máquina. Cada programa sentinela se reporta aos "sargentos" da rede, que são monitorados pelos operadores humanos - são eles, os operadores humanos, que supervisionam a colônia e, em última instância, mantêm o controle.

FONTE: http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=formigas-digitais-usam-inteligencia-conjunta-defender-computadores&id=010150090929&ebol=sim

Inaugurado laboratório de captura de CO2 e sensoriamento remoto marinho

Redação do Site Inovação Tecnológica - 01/10/2009
Inaugurado laboratório de captura de CO2 e sensoriamento remoto marinho
Detalhe do Laboratório de Captura de CO2. [Imagem: Inpe]

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em colaboração com a Petrobras, inauguraram duas novas instalações de pesquisas: o Laboratório de Captura de Gás Carbônico (CO2) e a Estação de Sensoriamento Remoto Marinho, ambos localizados na Unidade Regional de Cachoeira Paulista (SP),

Novas tecnologias e combustão

O primeiro tem como foco o desenvolvimento de novos materiais para a combustão de hidrocarbonetos, em especial gás natural, utilizando processos conhecidos como Chemical Looping Combustion (CLC) e Chemical Looping Reforming (CLR). São tecnologias promissoras para a captura de gás carbônico (CO2 ), um dos principais gases de efeito estufa.

"Nosso objetivo não é a geração de energia, mas o desenvolvimento de novas tecnologias de combustão que permitam a geração de correntes concentradas de CO2 e, consequentemente, a sua captura. Aqui vamos sintetizar, caracterizar e avaliar novos materiais empregados em CLC e CLR", explica José Augusto Rodrigues, coordenador do projeto desenvolvido no Laboratório Associado de Combustão e Propulsão do INPE.

No âmbito das Redes Temáticas de Mudanças Climáticas da Petrobras e do Ministério da Ciência e Tecnologia, os resultados obtidos neste laboratório poderão ser utilizados pela indústria para a redução da emissão de gás carbônico nos processos de geração de energia, contribuindo, assim, com o desenvolvimento de uma tecnologia para mitigação do aquecimento global.

Monitoramento dos oceanos

Ligada à Rede Temática de Monitoramento Ambiental Marinho, a Estação de Sensoriamento Remoto irá receber, processar, armazenar e distribuir imagens do satélite ENVISAT (ENVIronment SATellite) que serão utilizadas para monitorar a costa brasileira.

"Esta é a primeira estação no Brasil dedicada ao sensoriamento remoto marinho. As imagens serão recebidas em tempo quase real e serão utilizadas para a detecção de poluentes na superfície do mar, para o estudo de ecossistemas e recursos naturais marinhos e, ainda, para estimar parâmetros como direção e intensidade de correntes e campo de ventos, altura de ondas, entre outros", explica Ivan Barbosa, chefe da Divisão de Geração de Imagens do INPE.

O início das operações da Estação de Sensoriamento Remoto Marinho do INPE atende também a demandas da Petrobras, que até então dependia das imagens adquiridas e processadas em estações de recepção no exterior, o que gerava maior custo operacional e mais tempo para obter as imagens.

Coordenadas pelo Centro de Pesquisa da Petrobras (Cenpes), as Redes Temáticas têm como objetivo investir em universidades e instituições de pesquisas, como o INPE, visando o desenvolvimento de soluções tecnológicas para os principais desafios da indústria de energia. Pela Petrobras, o investimento no Laboratório de Captura de CO2 foi de R$ 700 mil. A Estação de Sensoriamento Remoto Marinho recebeu recursos na ordem de R$ 7 milhões.

FONTE: http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=inaugurado-laboratorio-captura-co2-sensoriamento-remoto-marinho&id=010175091001&ebol=sim

Incentivos da Lei do Bem serão prorrogados para setor de informática

MCT - 07/10/2009

O governo está decidido a prorrogar o prazo de vigência de importantes incentivos para o setor de informática previstos na Lei do Bem, e que venceriam no fim de 2009. A informação é do secretário de Política de Informática (Sepin) do Ministério da Ciência e Tecnologia, Augusto Cesar Gadelha.

Durante seminário realizado ontem (7) pela Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara, Gadelha afirmou que há consenso no governo sobre o impacto positivo da isenção de PIS/Cofins para computadores, e a necessidade de manutenção da medida por mais tempo.

Contrapartida da indústria

Segundo o secretário, no entanto, a contrapartida da indústria com investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D) pode ser elevada, alterando-se o percentual de redução do compromisso com esse tipo investimento, o que ainda está sendo avaliado.

Os representantes da indústria no Seminário cobraram do governo uma definição rápida sobre os incentivos ao setor para não haver um vácuo ou insegurança jurídica em relação à validade do benefício.

O presidente da Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica), Humberto Barbato, destacou a importância da Lei de Informática e da Lei do Bem para o setor, tendo contribuído para a elevação significativa da produção de computadores e para a redução do chamado mercado cinza (informal).

Importância das leis

Durante o debate, representantes do Executivo, da indústria e também os deputados concordaram com a importância da Lei de Informática e da Lei do Bem para a indústria, e consequentemente para a inclusão digital da sociedade. E o secretário de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, defendeu até mesmo a ampliação dos benefícios fiscais para equipamentos que dão sustentação à oferta de conexão à internet em banda larga para a população.

Para Santana, o governo pode ter um papel importante para o desenvolvimento do setor de tecnologia e de empresas inovadoras com o seu poder de compra, desde que sejam feitos ajustes também na Lei de Licitações.

Incentivos aos investimentos

O presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara, deputado Eduardo Gomes (PSDB-TO), e o autor do requerimento para a realização do seminário, deputado Bilac Pinto (PR-MG), reafirmaram o compromisso da comissão em apoiar e votar rapidamente medidas de incentivo aos investimentos no setor. "O maior estímulo e o melhor discurso é a prática do bom debate legislativo, aprovando aquilo que é importante para o setor", disse Gomes.

O deputado Julio Semeghini (PSDB-SP), que foi o mediador da primeira mesa de debates, elogiou a iniciativa anunciada pelo secretário Gadelha, de realizar um estudo formal sobre os impactos da Lei de Informática para o setor. O resultado do trabalho deverá ser conhecido até o fim deste ano. Segundo o deputado, o estudo será uma referência importante para o aperfeiçoamento da legislação do setor.

Fonte: http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=incentivos-lei-bem-serao-prorrogados-setor-informatica&id=020175091007&ebol=sim